Alguém disse um dia:
“A PARTILHA É A
PORTA DA ABUNDÂNCIA.”
Desejo
que assim seja, e porque há coisas que ao partilhar são nossas e vossas, vou
partilhar aqui A Arte, sob varias formas, e parafraseando o mestre Leonardo da
Vinci “a pintura é poesia muda; a poesia, pintura cega.”
E,
porque prezo a história e o legado de povos passados, e porque acredito que “A
vida só pode ser compreendida olhando-se para trás; mas só pode ser vivida
olhando-se para a frente” (Soren Kierkegaard), pretendo realçar a arte,
que o homem foi produzindo manualmente para o servir em função das suas
necessidades. Hoje, conhecida por artesanato, e, muita desta arte em vias de
extinção. Pretendo ainda focar a produzida em Lamego.
E Lamego
porquê?
Em 1º
lugar por ser a cidade da minha origem, mas também, porque segundo uma versão
da historia terá sido aqui que tudo começou, isto é, foi nesta cidade que decorreram
as primeiras Cortes de Portugal, reunião que terá ocorrido entre
1139 e 1143, reunindo toda a nobreza e clero do Condado
Portucalense, bem como procuradores dos concelhos sob convocatória
de D. Afonso Henriques. Dessa reunião, terá sido aclamado o
jovem infante D. Afonso Henriques como 1º Rei de Portugal e estabelecidas
as "Regras de Sucessão ao Trono".
Não pretendo alargar me na história de Lamego, até
porque correria o risco de não ser precisa, nem mostrar todo o seu Património
Construído que esta cidade conquistou. Pretendo sim despertar a quem não conhece
que venha visitar, que vale muito a pena.
É claro que não só de grandiosidades vive o mundo,
e parafraseando Paul Gauguim, "Existe sempre uma grande demanda por novas
mediocridades. Em todas as gerações, o gosto menos desenvolvido tem o maior
apetite."
A
mestria de artesãos naturais deste concelho, muito tem contribuído para a
preservação da identidade lamecense e da sua cultura, atraindo inúmeros
visitantes e turistas, tornando o património mais global.
A
necessidade de objectos para execução de trabalhos, abriu uma porta para a
arte, e este amor à arte é evidente na elaboração dos artefactos, que
preparados com o engenho e minúcia dos artistas, criam obras tradicionais em
áreas muito distintas como a cestaria,
tanoaria, funilaria, tecelagem, máscaras em madeira, olaria, marcenaria,
cantaria, ferro forjado que constituem autênticos tesouros lamecenses.
As albardas, cabeçadas, correias e outros
utensílios para animais, são também elementos representativos do
nosso artesanato.
A marcenaria, a cantaria e o ferro forjado
são artes que se desenvolveram mais no património arquitectónico. Actualmente
tem-se verificado uma grande perda de mão-de-obra especializada nestas áreas
construtivas, tendo se industrializado estas áreas, tornando o nosso património
mais pobre.
Os
artesãos que trabalhavam a funilaria ou
latoaria extinguiu-se, existindo artesãos noutros concelhos, mas com
tendência à extinção visto serem pessoas com idade avançada e não tendo
conquistado publico interessado nesta arte.
Toda a
área da latoaria ligada a cozinha e jardim foi substituída por novos materiais
novos, que foram surgindo no mercado, ausentes de manutenção e maior
durabilidade.
Porém julgo, que existe um sector da latoaria que não foi substituído ou superado e que poderá reinventar-se, que é o sector da iluminação, existindo
autênticas obras de arte executadas em latão, como se pode ver na imagem seguinte.
A olaria é outra arte que conta somente
com um artista local, não se tendo cimentado o suficiente para a tornar
tipicamente lamecense e se distinguir de outras localidades.
Nas
últimas décadas, o artesanato nacional foi-se delimitando pelas práticas
ancestrais de produção. Em parte pela desertificação das aldeias e das
necessidades emergentes do consumo massivo (que prefere produtos
estandardizados e industrializados), mas também pela ausência de novas mãos
capazes de dar continuidade e inovação ao património artesanal.
De todas
estas artes, a mais típica de Lamego, é
a cestaria e está associada aos métodos tradicionais de fazer
a Vindima.
Durante
séculos, os cestos em madeira de castanho foram usados para transportar as uvas
para as camionetas, que as levariam para os lagares e onde os típicos chapéus
de palha usados de sol a sol na lavoura do dia-a-dia, permitem reviver memórias
que se vão perdendo no tempo.
Estes cestos poderiam levar até 80kg.
Estes cestos poderiam levar até 80kg.
Associada ao vinho está também a tanoaria, as
pipas e tonéis construídas em madeira de carvalho, continuam a ser elementos
associados à cultura e hábitos locais, que compõem a qualidade do vinho e o tornam
único. Hoje, constituem um dos mais simbólicos aspectos do artesanato e é por
amor à tradição que alguns mestres, residentes neste concelho e limítrofes, resistem
às novidades do progresso e continuam a fabricá-los manualmente, como nos
velhos tempos.
Para melhor percepção desta arte
consultem este blog: http://2somephotostudio.blogspot.pt/2012/02/arte-da-tanoaria.html
"O
vinho é a mais saudável, alegre e cordial das bebidas."
Resultado
da harmonia entre a natureza e o conhecimento do homem, o vinho é um produto
nobre que, está submetido ao ciclo do tempo.
A construção
da barrica tem muita influência na maturação do vinho, é essencial assegurar a
perfeita secagem da madeira após o corte, intensidade da queima por ocasião da
montagem e limpeza da barrica antes do uso.
Estudos
mostram que a intensidade de cor e determinados aromas, tais como, baunilha, torrefação
e de madeira, estão relacionados com a intensidade de aquecimento aplicado na
madeira por ocasião da confecção da barrica.
O vinho
do Porto, pela sua intensidade, notável potencial de envelhecimento e
longevidade, pode permanecer em madeira por muito mais tempo do que a maioria
dos outros vinhos. Isso significa que pode ser envelhecido de diferentes formas
e por diferentes períodos para produzir uma ampla gama de estilos. Esta
variedade de estilos é um dos aspectos mais fascinantes do vinho do Porto,
tornando-o um dos vinhos mais diversificados e adaptáveis.
Para os
mais apreciadores visitem a “A Essência do Vinho” que decorre no Palácio da
Bolsa do Porto. Há degustações de vinhos, provas temáticas, harmonizações
vinho/gastronomia e muito mais.
Outra arte dominante é a Tecelagem
Esta é a fase final de um ciclo
que começa com a tosquia e a colheita do linho e termina com a fiação da lã e
do linho, passando ambos anteriormente por várias fases.
Tudo
começa com a tosquia das ovelhas.
Passado
o Inverno, faz-se a tosquia das ovelhas, geralmente nos meados da primavera,
sendo o velo (lã) enrolado em feixe e arrecadado até ao Inverno, altura em que
se prepara a lã.
A lã
para ser utilizada tem que ser amolecida em água quente, de um dia para o
outro, para, em seguida, ser lavada em água fria, geralmente este trabalho era
realizado nos regatos ou ribeiros, e batida, antes de secar ao sol. Depois de
seca e escarrapiçada, está pronta a ser fiada e, depois, tecida.
A lã era
muitas vezes tingida. Em Trás-dos-Montes usava-se o vermelho, o verde e o
preto.
Na zona de Lamego e locais frios, como a Serra da Estrela, a lã veio dar origem a um material altamente resistente, apelidado por Burel, surgiu para agasalho e o mais conhecido são as capuchinhas.
Na confecção destas capuchas, conta-se com
o Sr. Joaquim Ribeiro Novo, com 75
anos de idade, que carrega o peso da responsabilidade de ser
a única pessoa que sabe fazer as capuchas de Alvite, concelho de Moimenta da Beira, agasalhos que
outrora ajudaram novos e velhos a enfrentarem invernos rigorosos
na Serra da Nave.
No que
diz respeito a este material a sua utilização alargou-se a outras áreas. Apesar
de no concelho de Lamego e mesmo no de Tarouca a sua produção não ter
expressão, num concelho próximo, em Castro
Daire, existe a Cooperativa de
Artesanato As Lançadeiras de Picão, que tem desenvolvido outras
potencialidades deste material. www.lancadeiras.blogspot.pt
Não é o mais forte que sobrevive, nem o mais inteligente, mas o que
melhor se adapta ás mudanças.
(Charles Darwin)
Para além
desta empresa potenciar o uso deste material, estimula a criatividade artística, que recentemente em conjunto com A Casa da Arquitectura, lançou o Concurso de Ideias “Burel e a Casa” com o objectivo de incentivar a criação de uma nova peça
de design para a CASA que incluísse, pelo menos em 40% da sua
composição, o BUREL.
Para
quem desejar saber mais informações deixo aqui o endereço da empresa e do
respectivo concurso: http://www.burelfactory.com/index.php
Antes de
falar nas potencialidades do linho gostava que vissem, O Núcleo Museológico “Casa de Lavoura e Oficina do Linho”, em
Calde, Viseu, e para quem quiser visitar acolhe, até 31 de dezembro, a
exposição temporária “O Ciclo do Linho:
peças artesanais”, composta por utensílios de madeira, de artesanato local,
usados no fabrico do linho.
No que
diz respeito ao linho, para além do uso na moda, em conjunto com o algodão,
executam-se trabalhos variados e muito nobres, contando ainda conta com muitos
apreciadores desta arte, apesar de ser uma arte mais dominada por gerações com mais
de meia-idade.
Quando
se fala em linho reporta de imediato para a frescura e limpeza imaculada, para
além da arte de bem receber e acolher. Quando este se alia ao crochet,
consegue-se uma perfeita simbiose entre a frescura do linho e a delicadeza da
renda.
E como
uma imagem vale mais que mil palavras…
Para além da lã e do linho também se utilizava os trapos. Eram
feitos de roupas que já não se utilizava, eram cortados em tiras e unidos por
um alinhavo, com o qual se teciam mantas e tapetes.
Outra arte com alguma representação do nosso artesanato, são as albardas, cabeçadas, selas, correias e
tudo aquilo que é feito em couro e que serve para os animais de trabalho.
Em Lamego, conta com o último
artesão, Sr. Américo Freitas.
Há muitos anos atrás, ser albardeiro era ter uma profissão de
futuro. Esta arte estava muito ligada à lavoura, os agricultores procuravam
estes artesãos para equiparem os animais. As albardas eram usadas para os
animais carregarem lenha e produtos agrícolas, permitindo maior conforto para
os agricultores.
As selas eram uma peça mais cara e era usada só para montar a
cavalo.
A mecanização da agricultura veio acabar praticamente com a profissão.
Para quem quiser ver o que o último albardeiro lamecense executa,
fica aqui o blogue: http://albardeirofreitas.blogspot.pt/2009_01_01_archive.html
E porque creio que a arte que persiste ao longo dos anos é a que
melhor se adapta à mudança, julgo que se esta arte perdeu valência com os
animais de trabalho rural, pode ter muito sucesso junto dos animais de passeio,
como é o caso do cavalo. Mas, poderá ter diversas valências neste sector.
Exemplar
da sela Talaris da Hermès
É claro
que a Hermès é uma marca tradicional no mercado de luxo de acessórios de
equitação. Mas acredito que com vontade, um trabalho especializado e baseado
na perfeição, se consegue o sucesso.
Só por
curiosidade, e porque esta área (hípica) me apaixona, esta sela foi projectada
para se assemelhar a uma sela normal, mas o que a torna única é o interior, os
engenheiros da Hermès levaram quase três anos para aperfeiçoar. A Talaris foi
cuidadosamente projectada para oferecer um máximo de conforto. Pesa menos de
1,5kg do que uma sela normal. Metal e madeira foram substituídos por carbono e
titânio para a tornar mais leve e mais durável. A sela Hermès Talaris pode ser
ajustada para ser usada por qualquer cavaleiro e cavalo.
Que a
Hermes não brinca em serviço, e preza o conforto do seu publico alvo, também já
se sabe. Prova disso são as diferenças de um torneio convencional para um organizado
pela Hermès. As tradicionais arquibancadas sob o sol, com pouco espaço para
locomoção, foram alargadas de modo a haver espaço suficiente para mesas de
almoço e lounges com sofás, e claro, tudo sob uma tenda laranja (a cor da
maison).
E porque
os melhores prémios estão no fim de cada
caminhada, e não no início, passarei a falar sobre a arte que se tornou o ex-líbris do concelho de Lamego, as máscaras feitas em madeira, da freguesia de Lazarim.
Mas
antes, considero necessário falar da evolução da máscara.
A máscara não é específica do Carnaval. Tem origem religiosa, por exemplo em África,
a máscara manifesta a divindade e transmite ao portador todo o seu poder.
Eram usadas em rituais religiosos e não representavam faces normais, mas sim exageradas. Normalmente eram de madeira, cobre ou marfim.
Eram usadas em rituais religiosos e não representavam faces normais, mas sim exageradas. Normalmente eram de madeira, cobre ou marfim.
No Antigo Egipto as máscaras eram usadas
em eventos relacionados a acontecimentos
religiosos e rituais agrários. As múmias eram mascaradas antes do enterro
com máscaras adornadas de pedras preciosas.
Esta
relação religiosa foi-se perdendo lentamente noutras culturas. Quando passa para o teatro, grego e romano,
já o sagrado tinha desaparecido e a identificação
faz-se entre actor e personagem, ou entre máscara e personagem, que aliás
são o mesmo vocábulo em latim: persona.
Foi em Veneza, Itália, no século XV,
que a máscara começou a ser usada no Carnaval. O uso começou no teatro italiano, na Commedia
dell’arte, ou comédia das máscaras, que criou os famosos personagens,
Pierrô, Colombina e Arlequim entre outros.
Em
Veneza, no séc. XVIII, o uso da máscara tornou-se
um hábito diário em homens, mulheres e crianças, ocultando o rosto com uma
meia máscara que apenas cobria os olhos e o nariz. Foi necessário criar a lei de Doge, para acabar com este hábito, porque a polícia tinha dificuldade em
reconhecer os assassinos que constantemente matavam nas vielas da cidade. Os Venezianos passaram a usá-la durante o
Carnaval que durava um mês e nas festas e jantares.
O Carnaval português teve
sempre características diferentes do
de outros países da Europa, sendo
reconhecido até mesmo por autores
portugueses como uma festa cujas
características principais eram a porcaria
e a violência.
São
descritos como uma verdadeira luta
em que as armas eram os ovos inteiros,
ou as cascas com farinha ou gesso,
cabaças de cera com água de cheiro, tremoços, tubos de vidro ou de cartão para soprar com violência milho e feijão.
Em
determinados bairros atiravam-se à rua,
púcaros e tachos de barro e alguidares já em desuso, como depois se fez
também no último dia do ano, com intenção
de acabar com tudo de velho que houvesse em casa.
Também se usaram nos
velhos Entrudos portugueses a vassourada
e as pauladas com colheres de pau.
O Entrudo português é levado
para o Brasil aquando da colonização. Assim como em
Portugal, era uma festa cheia de inconveniências, chegando a ter intervenções e
advertências da Igreja Católica. Após esta intervenção, os banhos de água suja foram sendo substituídos por limões de cheiro,
esferas de cera com água perfumada ou água de rosas e bisnagas cheias de vinho,
vinagre ou groselha.
Esses frascos deram origem ao lança-perfume, bisnaga ou vidro de
éter perfumado de origem francesa. Criado em 1885
chegou ao Brasil nos primeiros anos do século XX. Também substituindo as
indelicadezas, vieram as batalhas de
flores e os desfiles em carros alegóricos, de origem europeia.
Uma das figuras mais marcantes da festa é a do Rei Momo, inspirada nos bufos, actores portugueses que costumavam representar comédias teatrais para divertir os nobres. Há também o Zé Pereira, tocador de bombo que apareceu em 1846 e revolucionou o Carnaval carioca.
Uma das figuras mais marcantes da festa é a do Rei Momo, inspirada nos bufos, actores portugueses que costumavam representar comédias teatrais para divertir os nobres. Há também o Zé Pereira, tocador de bombo que apareceu em 1846 e revolucionou o Carnaval carioca.
Após a independência do país, em
1822, a burguesia brasileira pretende afastar-se do passado português
aumentando interesse pela cultura francesa. Surgem
grandes boulevards, novas praças, largas avenidas e espaçosas calçadas,
construídas para abrigar o laser da nova classe dominante.
Do cruzamento do antigo Entrudo (da brincadeira, que se foi moderando) com o novo Carnaval (glamour das fantasias e máscaras) dá-se uma mistura que acabará por dar
identidade ao Carnaval brasileiro.
A vila de Lazarim caracteriza-se por ser uma comunidade
rural orgulhosa das suas raízes e tradições e que demonstra uma invulgar
vitalidade na sua defesa e promoção.
O Carnaval de Lazarim, é a demonstração clara desse orgulho, tratando-se sem dúvida dos mais genuínos Carnavais portugueses,
mantendo bem vivas tradições ancestrais que perduraram ao longo dos tempos.
Máscaras de madeira, esculpidas por artesãos locais, são nesta época festiva
utilizadas por jovens de ambos os sexos – os caretos e as senhorinhas.
Aqui, o ritmo das escolas de
samba não conseguiu penetrar, o que não deixa de tirar atractivos a este
Carnaval autóctone.
O testemunho de um
habitante local, que recorda ainda relatos do seu avô, faz-nos regredir no
tempo até 1879. Por essa data, diz, já se festejava em Lazarim o Carnaval,
que assumia contornos de uma
manifestação medieval, com referências a belzebu, macabra e assustadora, em
especial para os mais novos. Máscaras
de madeira eram revestidas a pele de coelho, cujo pêlo era depois rapado a
lâmina de barba, deixando apenas
assinalados com o pêlo do próprio animal
as zonas das sobrancelhas e do bigode.
Cobras e sardões, apanhados no estado de hibernação do Inverno, eram também
frequentemente utilizados. Pregados às
máscaras de madeira serviam também de ornamento, deixando a população aterrorizada.
Um dos pontos altos do Carnaval
de Lazarim é a leitura na praça pública, dos Testamentos da Comadre e do
Compadre feitos por uma rapariga e um rapaz da terra. São então feitas as apreciações a todos os
jovens da vila sob a forma de versos onde não faltam as inconfidências da
má-língua, explorando muitas vezes as rivalidades entre os dois sexos. E
realmente só ouvindo em viva voz se pode dizer que em Lazarim, naquela tarde de
3ª feira, vale tudo entre os rapazes e as raparigas da vila.
Mandam as regras que só os solteiros possam criticar e só eles sejam alvo de chacota.
Segue-se
depois o desfile tradicional em que não falta a farinha lançada ao ar, e que
termina com a morte do compadre e da comadre, simbolizados em dois bonecos que
acabam por arder no meio do fogo.
Para terminar, realiza-se o concurso das
máscaras de madeira, os “Caretos” e se descobrem as caras dos respectivos
portadores.
Para remate final, manda a tradição que
seja servida a feijoada e o caldo de farinha que as mulheres da aldeia tratam
de preparar num largo próximo à praça principal.
Sendo esta festa do Entrudo uma
das mais emblemáticas da região e que movimenta milhares de pessoas vindas de
todas as zonas do país e até mesmo do mundo, julgo que merecia uma exposição
mais permanente. De facto, constou-se que se iria construir o museu do Entrudo
em Lazarim, mas… estamos a aguardar. Para além do museu, deveria considerar-se
mais orçamento, organização e apoio a esta festa e a esta arte.
E, tal como aconteceu em todos
os Carnavais, houve ajustamentos ás novas actualidades. A meu ver, talvez
estivesse na altura de se dar um ajuste a toda esta festa, garantindo claro, toda a tradição.
Parabéns Carla, pela iniciativa! Os maiores sucessos e felicidades!
ResponderEliminarGrande trabalho de investigação, obrigada pela partilha, dá vontade de passar uns dias a conhecer todas estas tradições, enquanto existem!
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